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Luiz Marenco Pra Contrariar a Quietude

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ROLAGEM
Tom: B Abm Ab Eb7 Abm Abm E7 Eb7 Abm Ab7 Dbm Abm As vezes pego a guitarra pra contrariar a quietude Eb7 Abm E as mãos campeiras e rudes vem se fazer de cigarras Ab7 Dbm Abm E alma solta as amarras que a solidão traz consigo Eb7 Abm Ab7 O peito encontra um abrigo numa milonga de essência Dbm B Eb7 Abm E a própria voz da querência começa a prosear comigo Eb7 Há uma magia pampeana quando a milonga aparece Abm Mescla de pranto e de prece na liturgia aragana Ab7 Dbm Abm Milonga lua orelhana que guarda a paz dos confins Eb7 Abm Ab7 Ressuscitando os clarins que se calaram tristonhos Dbm B Eb7 Abm Encontra os medos e os sonhos que estão perdidos em mim Eb7 Já não me sinto sozinho quando a milonga desgarra Abm Pois se humaniza a guitarra que me acompanha aos caminhos Eb7 Abm Somos dois eu e este pinho companheiros das noites longas Eb7 Minha ilusão se prolonga ao constatar que o bordão Abm Na verdade é um coração pulsando dentre a milonga Ab7 Dbm Abm Lembro as perguntas que eu fiz porque tanto imediatismo Eb7 Abm Falsos tchês estrangeirismo desprovidos de raiz Ab7 Dbm Abm Mas a milonga me diz sempre a caranchos parceiros Eb7 Abm Ab7 Rondando a paz dos potreiros já desde o tempos de antanho Dbm B Eb7 Abm Mas quem tem campo e rebanho madruga sempre primeiro Eb7 Abm Milonga velha rainha das minhas noites de sono Eb7 Abm Esta guitarra é teu trono onde a saudade se aninha Ab7 Dbm Abm O meu verso te amadrinha no galpão da plenitude Eb7 Abm Ab7 Sinto sede és meu açude e é por isso que com garra Dbm B Eb7 Abm As vezes pego a guitarra pra contrariar a quietude

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